Oi genteee! Eu sei que andei meio sumida, especialmente nesse comentários aqui em cima, mas hoje não da para segurar, porque é meu aniversário! Viva eeu!
Então como eu sou uma pessoa muito legal que teve o dia livre hoje eu decidi que ia postar no blog! Então é isso! Mais uma pauta para o projeto bloinques!
Que tal me deixar um coment bem bonito como presente? Beijos!
As paredes do castelo a encaravam, frias e duras, mas não tanto quanto a lâmina escondida entre a mão do dançarino e seu vestido.
As músicas já não pareciam tão alegres e a ideia de um baile de máscaras nunca pareceu pior. Ela movia seus pés no ritmo sinuoso, guiada pela cobra traidora.
Avistou seu amado de longe. O rei.
Ele era casado, mas isso nunca foi uma dificuldade para Anabela. Ela o seguiu, o seduziu, e o amou.
Mas a rainha descobriu. Coberta de fúria, mandou que encontrassem a plebeia, e a matassem.
O designado para isso não era um matador inescrupuloso, ou mesmo um fora-da-lei encontrado ao acaso. Era o irmão da rainha, que jurara com a vida que, se não a matasse, morreria em seu lugar.
Dançando no compasso da música, ela se sentia propensa a gritar o nome de seu amado, mas ele nunca a ouviria de tão longe. Ele olhava para os lados. Procurando-a.
Uma máscara cobria seu semblante tenso. Os cabelos loiros presos eram o único traço que não fora possível disfarçar, mas também o único que Vinicius, o irmão da rainha, reconhecera.
Disfarçadamente ele sussurrava em seu ouvido, coisas pavorosas que lhe faziam tremer as pernas, mas ele disse que se ela parasse de dançar elas se tornariam realidade.
Ela sussurrou com lágrimas nos olhos e implorou para tirar a máscara para que seu amado pudesse vê-la mais uma vez. Ele negou.
Ela pediu mais uma vez, entre soluços. Ele forçou a faca em sua barriga rasgando um pouco o vestido, e negou.
Ela tirou a máscara e os olhos do rei foram atraídos para seu rosto apreensivo. Ela movimentou com os lábios a frase que carregara a vida inteira: "Eu te amo".
Vinicius virou-se e olhou para o rei. Deu um sorriso macabro que fez com que o nobre, coberto por peles e casacos, tremesse de frio. Ele desviou o olhar, e viu a máscara de sua amada caindo no chão, como se em câmera lenta.
Olhou novamente para Vinicius, e em seguida para Anabela. Seus olhos jaziam sem vida, encarando-o, culpando-o.
E foi com esse olhar e ele encarou Vinicius, quando depois de preso e julgado junto com a rainha, aguardava a pena de morte.
E foi com esse olhar que ele encarou o espelho, quando dava o último suspiro colocando o punhal em seu pescoço, acabando com a culpa que o assombrava naqueles grandes olhos azuis.
Lara Vic.
Nossa, de todas as vezes que vim aqui, essa foi a que mais me aprofundei e emocionei, passou um filme em minha mente. Participei do conto na pele dos três personagens, ora era o rei, ora Anabela, outrora Vinicius, insistia em não querer apunha-lar a Anabela, mas, o fiz... rs, me envolvi demais com a tua escrita!
ResponderExcluirFeliz aniversário atrasado! rs, ganhou um presente do BLQ!
O merecido primeiro lugar na edição visual!