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23 janeiro 2012

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Vivendo

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Sentei no chão e suspirei, enjoada dos sentimentos que rondavam meu coração. Não estava cheia de angústia ou querendo desesperadamente mandá-los embora, apenas estava... enjoada. Era sempre a mesma coisa, e com todo mundo.
Amor. Que grande idiotice. Maldita seja Hollywood e seus finais felizes. Malditas sejam as princesas da Disney e seus malditos príncipes encantados. Quem foi o ser humano que decidiu que iludir as pessoas era algo  bom? Como foi que tantas pessoas pagaram seu dinheiro suado, apenas para ver o impossível?
Bufei. Eu fui colocada em um mundo iludido, cheio de casais e coisinhas românticas na internet. Se eu amava isso? Eu sou humana, é claro que já amei.
Ei, querem saber o que aconteceu? Eu quebrei a cara. Sofri e pensei em encontrar outra pessoa, o que pareceu muito fácil para o dono do meu coração.
E em meio a essa busca cega, passaram-se semanas, meses, e eu aqui, sofrendo, sentada, vendo o tempo passar estranhamente rápido, e sem a menos vontade de esticar o braço para mudar alguma coisa. O que eu, uma adolescente insignificante, podia fazer?
Ouvi músicas, chorei. Li textos, chorei. Vi filme, e, quem diria? Chorei.
Parei de ouvir músicas românticas, e conheci o rock. Parei de ler textos românticos, e me entreguei a comedia e o suspense. Fiz a mesma coisa com os filmes, e dessa vez, não chorei.
Não, mais nem uma maldita lágrima.
E foi sem ter aquilo poluindo minha mente, nublando meus olhos, que eu vi o mundo amargo que dizia que era doce. Os casamentos com traição, os namoros com mentiras... Aquilo foi um clic para minha mente. Amor... Amor é caso raro. As pessoas que se apaixonam pela pessoa certa teriam a mesma chance de ganhar na loteria se tentassem com o mesmo empenho.
Ok, se é praticamente impossível achar o amor, para que tentar? Para que perder a vida procurando essa coisa fantasiosa?
Levantei, decidida.
Eu vou mesmo é curtir. Viver, sem medo. Meu coração agora não vai passar do que sempre foi, um órgão que bombeia sangue ao corpo, e minha cabeça vai ser tudo que vai absorver palavras doces sem sentido.
Vou viver como nunca vivi, pensando como nunca pensei, amando apenas a mim mesma.

Não é exatamente o que eu costumo escrever, mas ultimamente estou tão travada... E acho que isso vai me liberar. Fatos reais. Não acredito mais no amor. Não vou mais procurá-lo, Orlando Bloom que me encontre ;D

5 comentários:

  1. Caramba, Vic, eu sei que não é o que você costuma escrever... Mas foi teu texto que eu mais gostei até agora, sério mesmo! Muito bom ;)

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  2. Em muitos momentos temos que pensar assim, pois nem sempre o que fazemos pelos outros são o suficiente para nos agradar. Adorei Vic, lindo texto. *-*

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  3. "Amor. Que grande idiotice. Maldita seja Hollywood e seus finais felizes. Malditas sejam as princesas da Disney e seus malditos príncipes encantados. Quem foi o ser humano que decidiu que iludir as pessoas era algo bom? Como foi que tantas pessoas pagaram seu dinheiro suado, apenas para ver o impossível?" Se estar "travada", escreva mais desses desabafos, eles costumam me destravar. :3

    http://worse-or-better.blogspot.com/

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  4. Sabe, eu também já estive nessa fase: o amor não existe, é tudo ilusão e manipulação da mídia. Eu desisti de procurar, e foi não procurando que eu achei. Não posso te dizer para desistir do amor, mas posso te dizer que a melhor maneira de atrair o amor é amando, mas amando a si mesma.
    Gostei muito do texto; lembrou-me de meus textos antigos. haha
    Bjo, querida, e cuide desse coração para que ele não congele.
    http://miasodre.blogspot.com

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  5. talvez deja essa nossa necessidade de encontrar o amor, a felicidade e o final feliz que nos impede de realmente encontrar algo.
    é bom as coisas fluirem naturalmente que no final a gente perceber que o amor sempre esteve na nossa cara: no confortável, no familiar.

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