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19 outubro 2011

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Pensamentos

oooops, muito grande, talvez um pouco confuso... sorry guys, mas é que eu me animei. Esses pensamentos dela não são bem de minha autoria. São inspirados no último episódio do anime Soul Eater, porque a imagem me lembrou demais umas cenas lá. Eu gostei muito da parte que eu escrevi no texto, e espero que vocês, se não gostarem, ao menos entendam! haha
beeijos!

Eu estava sozinha. Eram apenas eu e o nada. Apoiada em algum lugar, que eu não ousava olhar, eu encarava o vazio, e para ele me dirigia.
Mas por que estaria eu com medo do simples início de tudo?
Sim, porque em minha cabeça o vazio era o início. Não diziam até mesmo os cristãos, que no início não havia nada?
Um mar sem ondas se estendia a minha frente, sem oferecer respostas, tampouco consolo. O Sol castigava minha vista, mas não me dava calor, parecendo antes um grande refletor de gelo que uma estrela que a ciência idolatra.
Pisquei lentamente. Eu estava com medo. Sempre estava com medo. Medo é a base de tudo, descobri recentemente.
Ciúmes, traição, violência, guerras... Apenas originárias do medo! E o que era o medo, então? Seria a fonte da humanidade...?
Questionava a mim mesma dentro de uma bolha de tranqüilidade, percebendo que se eu tentasse fazer mais alguma coisa que não abraçar meus joelhos, começaria a gritar e provavelmente afundaria.
Desejei estar em casa, onde o medo, pelo menos, era menor.
Fechei os olhos, absorta em meu dilema interior. Seria o medo tudo? Talvez a sociedade fosse dividida entre os que têm e os que não tem medo. Todos sabem que não é pelo bem e pelo mal, não é?
Mas o que poderia existir além de medo? Naquele lugar assustador, com apenas um gigante tapete de cor fúnebre se estendendo até todos os horizontes que minha vista alcançava, eu dificilmente encontraria uma inspiração para esta resposta.
Senti algo caindo em meus pés, e sem querer olhei para baixo. Assustada, reparei que estivera o tempo todo em minha cama. Minha fonte de calor era meu cobertor puído de vários anos, e o que eu apertava contra o rosto era meu travesseiro.
Mas o que me fizera abaixar o olhar fora uma pena vermelha, que caíra do céu. Peguei-a com a mão, e olhei para cima, buscando o mensageiro que queria me dar a resposta final.
Um pássaro lindo, sem raça ou gênero, não voava para nenhum dos horizontes: Ele buscava o Sol, e em meio a luta, deixou cair para mim um lembrete de vida.
Coragem, o fundo de minha cabeça sussurrou. É isso que existe.
Mas coragem não é quem consegue enfrentar o medo? Questionei
E o que você acha que usaria para enfrentar o medo? Retrucou.
Segurei a respiração e soltei. Aproveitei e dei ainda uma longa risada. Tanto que fechei os olhos.
Coragem.
A resposta parecia tão óbvia, mas tão simples... Uma palavra derrubava minha teoria inteira...
E que teoria ridícula, não é?
Abri os olhos, e vi como o céu era azul e o mar esverdeado. Vi o pássaro vermelho bem ao longe chegando ao seu amado, e me senti tranqüila.
Coloquei a pena embaixo do travesseiro, e, exausta, adormeci. Quando acordei não me surpreendi em ver meu colchão em seu devido lugar, mas talvez tenha me surpreendido um pouco com a bela pena vermelha em minha mão, a qual carrego até hoje.

2 comentários:

  1. que lindo flor, adorei, sim medo, a base de tudo, medo de perder, medo de ter medo, medo, apenas medo, mas como você mesma diz a solução é coragem, coragem pra seguir, seguir em frente ou desistir de vez :) bjs
    www.umteko.blogspot.com

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  2. Que lindo! Eu sempre me lembro de uma frase do filme o diário da princesa que diz que coragem não é a ausência do medo, mas a certeza de que algo é mais importante que o medo. Precisamos ter essa certeza, se não deixaremos que ele nos domine.
    http://www.dinhacavalcante.com/

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