Pelos Olhos do Alquimista.

Dedicado à Vitória e toda a galera do Farias Brito que me pediram por um poema sobre cosmecêuticos.
Fico super emocionada de ser conhecida na minha terra natal *-----------*
(Pasmem, nascida em Fortaleza com mto orgulho!)

Gente, eu tentei, realmente me esforcei, e no final até gostei, mas a opinião é de quem fez a encomenda ;)

Muitos beijos!

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Como se vê o mundo

Pelos olhos do alquimista?

Vê-se cor, amor, dor,

Ou apenas elementos?

Que vê ele,

Num abraço carinhoso?

No casal amoroso,

Com faíscas no ar?

Enxerga o sentimento?

Ou, com muito alento,

Percebe apenas a ciência,

Sem dar sentido a existência...

Claro que no meio de toda a química,

E elementos espalhados pelo ar,

O alquimista é humano,

(dizem)

E também capaz de amar.

Mas o que pensará ele,

Todo dia, quando acordar,

Vendo sua amada no espelho,

Vaidosa, a se enfeitar,

Batom, sombra, 

rímel, blush,

Volta incansável a questionar:

''Isto que passa nas bochechas,

Já tão lindamente vermelhas,

Vai para o mar, oceano, 

Assim que o lavar?''

''Isso, querido, 

Não lhe posso responder,

Mas o que passei está passado,

Meu rosto embelezado,

E o planeta há de viver.''

''E isto, 

Nos lábios que desandei a beijar,

Faria algum mal a mim,

se não em tua boca o fosse encontrar?''

''Este batom é da cor de cereja,

aquela que  desandou a estudar,

Problemas só encontraria,

se em outros lábios o fosse encontrar.''

O Alquimista se cala, então,

Confuso pelas respostas,

Que só o fazem questionar.

Mas, antes ficar na dúvida,

Que não vê-la mais se enfeitar.

Lara Vic.