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19 novembro 2016

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Sinopse


Descobri como meu prédio é quando o sol nasce
É diferente dos outros nasceres em outros lugares
Tem um quê de rotina e nostalgia
(Apesar de que isso todos têm) 
É uma espécie de reflexão solitária 
Mesmo na melhor das companhias
Acompanha aquele suspiro
De quem um dia se viu dormindo e perdendo tudo

Na praça o sol também nasce
Ilumina o chão que abrigava minha silhueta
Nossas sombras cobriam toda uma extensão 
Misturadas com a noite
E agora somem.
Mas noites depois, dias depois
Os beijos e as palavras trocados no escuro sequer são suspiros
Aqui se ergue uma flor
Ali se deitou o pavimento

E a memória, é ligada a lugares?
E a emoção? 
Fiquei triste pela praça pavimentada
Mas nunca me ocorreu se era mais saudade do gramado ou da memória
E na memória asfaltada sei que a dor também padece
E volto ao suspiro reflexivo
No telhado do meu prédio

Ao longe dá pra ver o rio
A luz do sol logo o toca
Revela os segredos de dias anteriores
Dói
O fluxo afinal nos leva
E se for pensar no que nos resta...

O mais engraçado talvez seja
A indiferença com a qual amanhece
Aqui no meu prédio 
Nessa cidade
Nesse mundo 
É só mais um dia

Rio pra não chorar
Seguimos

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