Foto no Rio Paraná (Foz do Iguaçu) |
Sentei numa pedra
Que elegi para minhas dores
Vi versos versus versos
Se destruindo nas ondas.
Pensamentos sérios
E prazeres fúteis
Quase me afogaram.
Estava deformada no espelho d'água,
Pois não lembrava nem o que esperava ver.
Enquanto o sorriso do vento
Arrepiou a pele do rio,
Procurei alguma clareza
Nas luzes quebradiças
O pescador me pediu
Que escrevesse sobre paz.
Eu me pergunto se não a deixei cair.
Quem sabe seja fisgada sem querer,
Ou comida por um peixe
Não devia estar escrevendo poemas.
Não devia estar escrevendo poemas?
Pensando nisso um poema escapou,
E esse nem era meu.
Caiu na água, e para salvá-lo
Resgatei, abri,
Deixei que o Sol o admirasse.
Por descuido li!
(os versos me saltaram)
Eram palavras sobre mim
Mais verdadeiras que as minhas.
Por enquanto
O Sol não esquenta muito.
Na outra margem uma nuvem de fumaça se ergue
O vento dificulta a visão e a escrita
O pensamento quer fluir como o rio
E eu só queria pescar minha paz.
-Pescador!
Vou marcar em todos os dias do calendário
que me lembrem de viver,
e quando encontrar meu poema de paz
o jogo no rio,
pra que seja fisgado.
Conselho: As vezes quando a cabeça está muito cheia, o melhor ouvinte e conselheiro é um rio. Ficar em silêncio e escrever é terapêutico e produtivo kkkk
Espero que gostem (:
Já tive também o impulso de ir pro rio Paraná pra esvaziar a mente, mas acabei desistindo no meio do caminho...empolgadíssimo para fisgar o poema de paz qnd estiver por lá...
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