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14 novembro 2011

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Perdão.

Ok, eu ameeeei demais a edição do projeto bloinques para ignorar, então hoje eu vou colocar de lado os poemas do feriado para fazer essa carta, 100% inspirada no filme Coco Antes de Channel e ouvindo a nova e perfeita música da katy perry The One That Got Awai *0*
Tema: Eu matei o Felipe! õ/
Beeijos!
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Jennifer. Eu não sei se tenho direito de lhe mandar uma carta, mas mesmo assim eu o faço. Sei que você está sofrendo, e mesmo sem querer eu imagino que isso pode aumentar a sua angústia. Ou não. Eu não vou mentir, nunca entendi como sua cabeça funciona.
O que eu vou lhe contar pesa em meu coração de uma forma insuportável. Tentei terapia, até me confessei. Mas nada adiantou. Era como se faltasse algo, e hoje, quando eu acordei e vi que fazia dez anos dês daquele fatídico dia, lembrei de você instantaneamente, e descobri que a culpa que me corroía era que apenas eu sabia o que havia acontecido. Bem, eu e ele.
Dês daquele dia, não consigo sequer escrever o nome dele sem derramar lágrimas. Mas hoje não quero derramar uma lágrima antes de lhe contar tudo.
Você sabe que antes de ele te conhecer, nós éramos melhores amigos, quase um casal. Sim, e foi este quase que me separou de um final feliz.
Quando vocês se conheceram, eu nem temi nada. Você era linda e engraçada, mas eu também tinha meus encantos. O suficiente para acreditar que ele sempre me amaria.
Mas sempre é uma palavra muito longa, que nunca conseguimos ver o fim. E foi o que houve. eu não esperava que meus pais me proibissem de vê-lo. E quando me proibiram, eu acreditei realmente que ele me esperaria para sempre... Mas não ocorreu.
Eu te odiei, Jennifer. Odiei você por cada sorriso e cada palavra que já dirigiu para ele, e odiei a mim mesma por ter sido tola o bastante para ser deixada como capacho de meus pais.
Eu aceitei a vida. Tive namorados, me casei, me divorciei e tive uma filha. A unica coisa boa de toda a minha história.
Um belo dia, quando minha filha foi dormir na casa de uma amiga, eu me senti sufocada, a beira da loucura, então decidi ligar para ele.
Você estava dormindo, e ele falava baixo. Ah! Jennifer! Foi tão bom ouvir aquela voz novamente! Ele disse que se arrependia, disse que sempre me amou e que queria se reconciliar comigo.
Em minha tolice, eu disse as palavras que até hoje pesam em meu coração: Venha até minha casa, quero te ver.
E ele veio! Você acredita? Ele saiu da sua casa e atravessou a estrada, vindo para meus braços...
Mas ele nunca chegou, Jennifer. E eu achei que tinha sido uma tola por esperá-lo novamente, mas então eu soube:
Felipe morrera em um acidente de carro. Na estrada. Vindo me ver.
Jennifer, eu matei o Felipe! Eu, a mulher que mais o amava no mundo, o encaminhei para o seu fim! E eu não aguento mais isso! Esta culpa é demais para mim!
Ontem a minha filha se mudou. Já não precisa mais de mim. Voltei a ser um peso para o mundo, mas não por muito tempo. Quero estar no sono eterno antes que você leia esta carta e me odeie, se já não me odeia.
Guardarei esta carta perto do meu coração. Não sei como vão me achar, mas espero que lhe enviem esta carta. Jennifer, eu sei que é inútil, mas eu tenho que falar:
Perdão.

3 comentários:

  1. Ficou tão linda, emocionante essa carta.
    E isso só me fez refletir em algo muito real: quando deixamos o verdadeiro amor passar, o destino nos direciona a caminhos obscuros, tristes. Não podemos perder nossas chances.
    Bjo.

    http://miasodre.blogspot.com/

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  2. é ne, mais as vezes so descobrimos o nosso verdadeiro amor depois que ele vai embora. FATO.
    poxa vida nao mata o felipe. hahaha

    não entendi a carata foi ou nao p destinario??

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  3. Que carta emocionante *o*
    Você tinha me contado algo parecido, eu me lembro e você expressou-a muito bem nessa carta. Amei!
    É surpreendente, isso é o legal.
    beijos

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